Inflação em queda pode reduzir juros
INFLAÇÃO EM QUEDA PODE REDUZIR JUROS (NEWS RENATO RIELLA – 16 DEZ)
Analistas do mercado financeiro reduziram estimativas da inflação para 2025 e 2026, segundo o boletim Focus do Banco Central (BC).
Para 2025, a previsão recuou para 4,36% (quinta queda seguida).
Para 2026, a projeção caiu para 4,10% (quarto recuo consecutivo).
A projeção do mercado para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025 permaneceu em 2,25%.
Para 2026, a projeção de crescimento do PIB continuou em 1,80%.
Economistas do mercado financeiro estabeleceram a projeção para a taxa básica de juros Selic. Para o fim de 2026, a previsão caiu para 12,13% ao ano, o que pode ser reforçado pela queda persistente da inflação.
• Dólar: a projeção para a taxa de câmbio no fim de 2025 permaneceu em R$ 5,40. Para o encerramento de 2026, a estimativa continuou em R$ 5,50.
DOSIMETRIA - Presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), decidiu pautar para amanhã a análise do Projeto de Lei da Dosimetria no plenário da Casa.
A proposta ainda precisa passar pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), onde há resistência e tendência contrária à aprovação do texto.
RAMAGEM - Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou à Secretaria Judiciária da Corte que dê início ao processo de extradição do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), que fugiu em setembro para os Estados Unidos.
QUEDA - Atividade econômica brasileira apresentou queda em outubro deste ano, segundo o Banco Central (BC). O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) diminuiu 0,2% em relação ao mês anterior.
No acumulado do ano, o indicador ficou positivo em 2,4% e, em 12 meses, registrou alta de 2,5%.
A alta no preço das passagens aéreas fez a inflação de novembro chegar a 0,18%. Em outubro, o IPCA havia sido de 0,09%. Com o resultado, a inflação acumulada em 12 meses é 4,46%, dentro do intervalo da meta de inflação, de 1,5% a 4,5%.
MERCADO INTERNACIONAL
Presidente Lula afirmou que o trabalho coletivo do Governo e a qualidade da produção nacional são os responsáveis pela abertura de mais de 500 mercados internacionais para produtos agropecuários brasileiros entre 2023 e 2025, o que já resulta em US$ 3,4 bilhões em exportações.
Lula participou, em Brasília, da inauguração da sede própria da ApexBrasil, a agência de promoção comercial do país no exterior.
PETROBRAS - Trabalhadores do Sistema Petrobras iniciaram ontem greve nacional.
Segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP), o movimento começou forte já na madrugada, com a entrega da operação das plataformas do Espírito Santo e do Norte Fluminense às equipes de contingência da empresa, bem como do Terminal Aquaviário de Coari, no Amazonas, onde 100% da operação aderiu ao movimento.
ENEL - Procon paulistano multou a concessionária de energia Enel “por falhas graves e estruturais na prestação de serviço” na capital paulista, ocorridas principalmente entre os dias 8 e 10 de dezembro deste ano.
A multa é de cerca de R$ 14,3 milhões e se refere ao fato de que milhões de consumidores ficaram sem energia por causa da passagem de um ciclone extratopical, na quarta-feira (10).
LIVROS - Setor editorial e livreiro no Brasil registrou, em 2025, mais de 54 mil empresas e estabelecimentos ativos em todas as etapas da cadeia, como editoras de livros, livreiros, distribuidores e gráficas e empresas de edição integrada.
O número representa uma expansão em relação ao ano anterior, quando eram 51 mil empresas e estabelecimentos ativos. Os dados são da Câmara Brasileira do Livro.
Entre 2023 e 2025, houve crescimento de 13% no número total de empresas, com destaque para o avanço das editoras e do comércio varejista de livros. E de 2024 para 2025, o aumento foi consistente em todos os segmentos mapeados, ressaltou a CBL.
VORCARO - Ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, determinou novas diligências sobre a investigação que alcançou o banqueiro Daniel Vorcaro, um dos sócios do Banco Master.
Deu prazo de 30 dias para a Polícia Federal (PF) realizar os depoimentos dos investigados e das autoridades do Banco Central que realizaram as investigações.
PROJETOS - Líderes partidários decidiram adiar para 2026 a votação, no Plenário da Câmara dos Deputados, da Proposta de Emenda à Constituição da Segurança Pública (PEC 18/25) e das mudanças do Senado no projeto de lei conhecido como PL Antifacção (PL 5582/25).
A PEC da Segurança Pública deve ser votada na comissão especial que analisa a proposta. O relatório do deputado Mendonça Filho (União-PE) propõe a criação do Sistema Único de Segurança Pública e traz mudanças no projeto original encaminhado pelo Executivo.
POLÍCIA - Conselho Nacional de Comandantes-Gerais das Polícias Militares manifestou apoio ao relator da PEC da Segurança Pública, deputado Mendonça Filho (União Brasil-PE). Em nota, a entidade afirmou que o parlamentar conduziu os trabalhos de forma "técnica, equilibrada e pautada no diálogo".
Mendonça Filho mantém o eixo central da proposta encaminhada pelo Governo, prevendo a constitucionalização do Sistema Único de Segurança Pública (Susp) e o fortalecimento dos mecanismos de cooperação entre as forças policiais dos diferentes níveis da federação. O relator, no entanto, adotou uma abordagem distinta ao defender maior autonomia dos estados, em contraste com o protagonismo da União previsto no texto original do Executivo.
O parecer também incorpora dispositivos semelhantes aos aprovados pela Câmara no chamado PL Antifacção, como a facilitação do encarceramento em Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) para integrantes de facções criminosas e a limitação de benefícios penais a esses presos.
Outro ponto do texto é a previsão de responsabilização penal de adolescentes entre 16 e 17 anos por crimes cometidos com violência ou grave ameaça, condicionada à aprovação em referendo nacional a ser realizado em 2028. Nesses casos, a punição ocorreria em estabelecimentos específicos, separados tanto de adultos quanto de menores inimputáveis.
Mendonça Filho também buscou reforçar a primazia do Parlamento na formulação legislativa sobre segurança pública, vedando decisões do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) ou do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) que interfiram em competências do Legislativo. Já o Conselho Nacional de Segurança Pública, que receberia novas atribuições no texto do governo, foi mantido como órgão consultivo.
PROJETOS - Senado trata hoje de projetos que tratam da criação e estruturação de fundos ligados ao sistema de Justiça e da confirmação de acordos internacionais nas áreas jurídica e militar.
De iniciativa do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o Projeto de Lei (PL) 429/2024 atualiza as regras de custas judiciais na Justiça Federal e no STJ e cria o Fundo Especial da Justiça Federal (Fejufe) e o Fundo Especial do Superior Tribunal de Justiça (Festj), voltados ao financiamento da modernização dessas instituições.
O PL 1.872/2025 cria o Fundo de Fortalecimento da Cidadania e Aperfeiçoamento do Ministério Público da União (FMPU).
De autoria da Defensoria Pública da União (DPU), o PL 1.881/2025 cria o Fundo de Fortalecimento do Acesso à Justiça, Promoção dos Direitos Fundamentais e Estruturação da Defensoria Pública da União.
ARCABOUÇO – Câmara dos Deputados aprovou projeto que permite excluir do limite de despesas do arcabouço fiscal os recursos do Fundo Social do Pré-Sal destinados à saúde e educação. A proposta segue para sanção presidencial.
O texto determina que parte dos recursos destinados à educação e saúde –aqueles provenientes do Fundo Social– fiquem de fora das metas do novo regime fiscal.
INCENTIVOS - Médias e grandes empresas devem declarar mais incentivos tributários ao Fisco a partir deste mês. Receita Federal ampliou para 173 o número de benefícios fiscais que precisam ser informados na Declaração de Incentivos, Renúncias, Benefícios e Imunidades de Natureza Tributária (Dirbi).
Com a nova regra, 85 benefícios fiscais passam a integrar a declaração, somando-se aos 88 exigidos anteriormente. A maior parte dos novos itens incluídos está relacionada ao Programa de Integração Social (PIS), ao Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) e à Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), além de incentivos vinculados ao Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ).
A norma publicada também promove ajustes para adequação à Lei 14.973/2024, que definiu regras de transição para a reoneração da folha de pagamento. A lei manteve a desoneração da folha para empresas de 17 setores até o fim de 2024, com retomada gradual da tributação entre 2025 e 2027.
ESTADOS - União pagou R$ 1,05 bilhão em dívidas atrasadas de estados e municípios em novembro, segundo o Tesouro Nacional.
Em 2025, são R$ 9,59 bilhões de débitos honrados de entes federados. Em 2024, o valor chegou a R$ 11,45 bilhões de dívidas garantidas pela União.
No mês passado, R$ 704,81 milhões são débitos não quitados pelo estado do Rio de Janeiro; R$ 227,80 milhões do Rio Grande do Sul; R$ 75,32 milhões de Goiás; R$ 35,66 milhões de Minas Gerais; R$ 9,64 milhões do município de Parauapebas (PA); R$ 116,15 mil de Paranã (TO); e R$ 76,47 mil de Santanópolis (BA).
Desde 2016, a União pagou R$ 85,04 bilhões em dívidas garantidas.
LULA – Hoje, 9h, Presidente Lula participa da cúpula virtual da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), no Palácio do Planalto.
11h30 - Cerimônia de abertura institucional do Encontro Anual de Gestores da CAIXA, no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB), em Brasília.
16h - 10ª Reunião do Conselho de Participação Social, no Palácio do Planalto
17h30 - Reunião sobre prevenção e combate à violência contra as mulheres
ECONOMIA - Índice Bovespa, da Bolsa de Valores, fechou ontem em 162.478 pontos, com alta de 1,06%.
MUNDO
⬇ EUA - Dow Jones: -0,08%
⬇ EUA - Nasdaq: -0,59%
⬇ EUA - S&P 500: -0,16%
⬆ Europa - Euronext: +0,69%
⬇ China - Xangai: -0,55%
⬇ Japão - Nikkei: -1,31%
MOEDAS – FONTE: BC
⬆ Dólar Comercial: R$ 5,42 (+0,23%)
⬆ Dólar Turismo: R$ 5,63 (+0,19%)
⬆ Euro Comercial: R$ 6,37 (+0,27%)
⬆ Euro Turismo: R$ 6,62 (+0,16%)
⬇ Bitcoin: R$ 464.804 (-3,29%)
Por RENATO RIELLA